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Alimentação

Exposição Ocupacional

É facilmente absorvido pela pele e tratos respiratórios e intestinal. Por inalação, uma concentração superior a 100 ppm é fatal em 1 hora e superior a 300 ppm é fatal em minutos. [1]

O cianeto é usado em diversas sínteses químicas, galvanoplastia, processamento de plásticos, extração de ouro e prata, curtimento, metalurgia. [5]



Apesar de o monóxido de processos industriais carbono estar tradicionalmente associado a morbilidade e mortalidade, as concentrações de cianeto após a exposição ao fumo demonstram que a intoxicação por cianeto pode contribuir para o desenvolvimento de doenças e morte. [8]



O cianeto é normalmente usado quando é necessário polir metais. Os sais de cianeto como o cianeto de mercúrio, cianeto cúprico, cianeto de ouro e cianeto de prata, produzem gases de cianeto quando combinado com ácidos, podendo levar a acidentes a nível industrial ou exposições de risco.
O cianeto também pode ser encontrado em inseticidas. 



Existem muitas plantas que contêm glicosídeos cianogénicos. Entre elas encontram-se o feijão verde, as sementes de  linho, as nozes de macadâmia, o bambu, a hortênsia, os caroços de pêra, ameixa, pêssego, cereja e maçã, a amêndoa amarga e os grãos e raízes de mandioca. [5, 8]
 

Algumas dessas plantas são excluídas da alimentação por apresentarem risco, como é o caso da amêndoa amarga (glicosídeo - amigdalina). Outras, depois de serem processadas, sofrem eliminação de glicosídeos (linamarina), o diminui o perigo, como é o caso da mandioca. No entanto, em casos de processamento inadequado, há risco de aparecimento de problemas toxicológicos. 

A combustão de produtos sintéticos que contêm de carbono e azoto, tais como fibras, materiais plásticos e sintéticos, é responsável pela libertação de cianeto na forma de cianeto de hidrogénio. [1]





Tabela 1 - Cianeto de hidrogénio produzido por pirólise [1]

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Material                              ug HCN por g de material

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                         papel                                                      1100 

                       algodão                                                     130

                             lã                                                        6300

                         nylon                                                       780

         espuma de poliuretano                                              1200

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Materiais como a lã, a seda ou polímeros sintéticos ricos em carbono e azoto podem produzir gás cianídrico quando expostos a altas temperaturas durante períodos de maior calor. [8]



O fumo do cigarro contém cianeto. [9] Em média, os não fumadores têm cerca de 0,06 ug de cianeto / mL no sangue, ao passo que os fumadores têm 0,17 g /mL. 

Os efeitos de cianeto e de monóxido de carbono, formado em incêndios, são aditivos porque contribuem para a hipóxia tecidual por diferentes mecanismos. [5] Os dois gases são as principais causas de mortalidade relacionada com os incêndios. 

Nos incêndios residenciais, o envenenamento por cianeto pode ser mais significativo do que tem sido previamente avaliado. O tempo de semi-vida de cianeto no sangue contribui para as baixas concentrações de cianeto encontrado em vítimas de incêndio quando o sangue é analisado após as vítimas chegarem ao hospital.



Um estudo efetuado sugere que o envenenamento por cianeto prevalece sobre o envenenamento monóxido de carbono, em algumas vítimas mortais de incêndios.



Em fogos, o cianeto é gerado quando a temperatura atinge os 315ºC através da combustão de compostos que tenham na sua composição azoto (produtos sintéticos), conduzindo à libertação de cianeto de hidrogénio, que é posteriormente inalado pela vítima. [3, 4, 6]

Combustão de Produtos Sintéticos

Incêndios

Fontes de Exposição

Fontes Iatrogénicas

As fontes iatrogénicas da intoxicação por cianeto incluem a administração intravenosa de nitroprussiato de sódio como antihipertensor. [8]

O nitroprussiato tem elevado potencial cianogénico, 44% do seu peso molecular corresponde ao ião cianeto sendo os grupos cianeto libertados da molécula de nitroprussiato por processos não-enzimáticos.

No fígado, a enzima Rodanase catalisa a conversão do cianeto em tiocianato, excretado através dos rins. A intoxicação pode ser devida a um defeito no metabolismo ou na acumulação de tiocianeto durante a administração prolongada ao longo de dias.

Em pacientes com função renal comprometida, a intoxicação por cianetos pode-se desenvolver com maior facilidade pois estes pacientes são incapazes de excretar o tiocianato numa taxa suficiente. O screening cuidado da função renal pode ajudar a evitar a intoxicação em pacientes que requerem infusões de nitroprussiato. A monitorização das séries pode revelar elevações dos níveis serológicos de cianohemoglobina ou cianmetemoglobina. Níveis mais elevados que 10 mg/dL confirmam a intoxicação por tiocianato e constituem uma indicação para parar a terapêutica.



Produtos de Uso Diário

Os nitrilos são formas do cianeto encontradas em solventes e diluentes. O acetonitrilo e propionitrilo são dos nitrilos mais comuns. [8]

O acetonitrilo é um ingrediente ativo presente nos removedores de verniz de unhas e tem estado relacionado com casos de intoxicação por cianeto. 





Grupo de Trabalho

Ana Daniela Alves
Cátia Seabra

Joana Silva
 

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo de 2012/2013 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP.

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