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O cianeto é uma molécula pequena e lipossolúvel, a sua distribuição e penetração nas células é rápida, podendo ocorrer em segundos e levando à morte numa questão de minutos ou mesmo segundos. [3,5] Trata-se de uma molécula instável que desaparece rapidamente do sangue e cujo tempo de semivida é de cerca de 1 hora. Esta semivida associada à sua instabilidade requer uma rápida colheita e análise da amostra. 



A exposição ao cianeto por via intravenosa e por inalação tem uma rapidez de instalação de sinais e sintomas mais elevada do que no caso da sua ingestão. [8] Isto pode ser explicado pelo facto de as duas primeiras vias proporcionarem uma difusão mais rápida e direta pela corrente sanguínea. A ingestão ou a via transdérmica podem atrasar o aparecimento dos sinais e sintomas assim que as suas concentrações aumentam na corrente sanguínea. 


A variabilidade no tempo de absorção e atuação do cianeto está relacionada com fatores como a presença de comida no estômago ou a solubilidade do sal de cianeto envolvido, entre outros. [1,6] Após ser absorvido no trato gastrointestinal, o ião é rapidamente convertido a tiocianato pela enzima rodanase. 



 

Toxicocinética

Intoxicação Crónica

Intoxicação Aguda

A inalação de aproximadamente 50 mL de cianeto de hidrogénio a uma concentração de 1,85mmol/L é fatal em minutos. [2]

Os envenenamentos por cianeto são mais frequentemente associados a causas acidentais do que suicídas, estas últimas ocorrendo mais facilmente em pessoas com fácil acesso a cianeto.

A ingestão de apenas 250mg de um sal de cianeto pode ser fatal mas, se for de estômago cheio, a morte pode ainda levar algumas horas.

A intoxicação crónica por cianetos ocorre por ingestão prolongada de glicosídeos vegetais naturais com níveis elevados deste composto, presentes numa grande variedade plantas. [2]


A intoxicação a longo prazo, para além dos efeitos no sistema nervoso, também se encontra associada a um aumento do tamanho  da tiróide e alterações a nível da sua função. 

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